Ir para 'algum lugar'

É bem melhor quando 'arriscamos' por caminhos mais escuros e não sabemos, ao dar o próximo passo, onde nosso pé irá pisar. Não criar expectativas do que irá acontecer acaba, de certa forma, evitando frustrações no caso de planos que venham a 'falir'.
Por algum instinto ou impulso, ou por nenhum motivo mesmo, fazer coisas que outrora você nunca faria. Surgem novas descobertas, um novo 'mundo' aparece a sua frente. Um mundo que você não via por ter medo de 'arriscar', por seguir pelo caminho que outros trilharam e/ou por não 'desbravar' em novos caminhos.

"Eu quase desejo não ter entrado na toca do coelho... mas, mas, é tão curioso, sabe, esse tipo de vida!!"
Alice no país das maravilhas - Lewis Carroll

Refletido

"Quando, porém, olhei para o espelho, soltei um grito e o coração deu-me um baque; porque não foi a mim que vi, mas a carranca sarcástica de um demônio."
Assim Falavra Zaratustra - Friedrich Nietzsche

É realmente estranho e de um 'impacto' profundo quando, em determinado momento de nossa vida, acontece "algo" que nos faz refletir sobre aquilo que nos tornamos. E de estranho passa para assustador quando percebemos que "isso" que nos transformamos é exatamente o oposto, chegando até a ser algo que despresavamos, daquilo que um dia idealizamos em ser.

Dia internacional da 'nostalgia'

De manhã, feirinha de domingo... ver os livros antigos e um monte de coisas que vendem lá desde quando eu era criança. Depois, na casa da família, sempre aquela mesma história... mulheres se preparando para o almoço e homens largados na frente da tv assistindo a algum campeonato de futebol da Europa que passa na 'tela da Band'. Então chega a hora do almoço... todos reunidos para comer... e comem até passar mau e, novamente, os homens vão se 'largar' em algum lugar para aquela 'azedada' e as mulheres novamente 'ao trabalho' (percebi que o domingo além de nostálgico é machista também). Bom... depois da 'azedadinha' padrão... o que rola no meio da tarde sempre varia entre o jogo que passa na tv, alguma festinha infantil, ir a eterna casa do Pablera, um sorvetinho no 'gauchinho' ou então uma passeada no bosque. E quando 'finda' tarde... tomar aquele café com leite (que é tradicional em todos os meus dias)... depois uma sensação estranha relacionada a mais uma semana que se foi... e outra que começa!!!
Adoro os domingos!!!

Papai, o que acontece com a gente depois de morrer??

Acreditem esta foi a pergunta que minha filha de quase 5 anos fez para mim ontem a noite.
Bom... ao me perguntar eu pensei "bah... que enrascada estou agora"... esperava estes tipos de questionamento quando ela ficasse mais velha, daí estaria preparado para responder. Mas como as crianças sempre nos surpreendem tentei dar uma resposta à ela. Primeiro disse que não sabia o que acontece, mas depois de pensar um pouco e perceber que não saber o que acontece é uma 'opção minha'... e que a resposta que dei à ela foi muito vazia, podendo talvez frustar as expectativas dela para uma resposta, tentei 'concertar'.... disse, então, que cada pessoa acredita em uma coisa:

uns que ao morrer iremos para o céu morar com os anjinhos
uns que voltamos como sendo outra pessoa
uns que voltamos a viver como outro ser vivo
uns que iremos para outro planeta
mas que para o Lelê (que é a forma carinhosa que ela me chama) tanto faz pois deixarei de ser aquilo que sou.

Pedi para ela pensar no que ela acha que acontece quando morremos e ela me disse que vai ser uma 'tartaruga esquilo' e que eu serei um 'elefante' heheheh.

Então voltei a lhe contar a história da Alice e fomos dormir.

putz: eu tinha colocado 'tartaruga'... mas daí a Gigi brigou comigo e lembrou que ela tinha falado um 'esquilo'

Moda e Viola

Esta música sempre escuto quando estou em momentos de 'angustia' e me ajuda muito, por isso compartilho a letra com vcs. Gostaria muito de fazer dela meu 'estilo de vida'.

"Vô tocando esta vidinha do melhorr jeitu e maneira
Tô sem pressa di matarr esta vida passagera
Toda calma queeu puderr vou gastarr divagarinho
Quando volta um lugarr dou cem vorrtas no caminho
Chego a tarde em meu terreiro sento a sombra da jaqueira
Vô pitando meu fuminho e tragando a bagasseira
Quando os bichos me arrodeia é que a vida se consola
Tem cachorro, pato e gato e um porquinho bem patola
E depois a filiaaaarada aí aí meu Deus
Pá iscuita moda i viola

Diz que a vida não se perdi mas se aprende no viver
Não a dai a passiencia tô sem pressa de morrer
Se eu puder alongo a estrada dou cem vortas no pomar
E só deixo a minha casa na certeza de vortá
Chego a tarde em meu terreiro sento a sombra da jaqueira
Vou pitando meu fuminho e tragando a bagasseira
Quando os bichos me arrodeia é que a vida se consola
Tem cachorro, pato e gato e um porquinho bem patola
E depois a filiaaaarada aí aí meu Deus
Pá iscuita moda i viola"

Não sei se a letra é bem essa pois pesquisei na net e não encontrei.... então tentei escreve-la a medida que ia escutando. Também não sei quem é o compositor original mas a versão que eu tenho é cantada por 'Pena Branca e Xavantinho'.

Auto-Retrato

Coloquei o título no singular pois não sei como fica no plural, se é: "autos-retratos", "auto-retratos" ou "autos-retrato".

Dicionário 'Giovannes'

Estes são alguns termos pertencentes ao 'vocabulário' da minha filha.

Titou Willow = Chicken Little (aquele desenho animado)
fusadeira = Furadeira
escorredor = Escorregador
bichumarrão = Chimarrão
louax = 'até então sem significado' parece alguma coisa tipo 'bah'
lúvem = nuvem
boiaçú = cobra roxa que mora embaixo do apartamento que guarda um tesouro e fica em cima de uma coroa
esnupei = snoopy
resfrecando = refrescando
rachinha = tarrachinha (de brinco)
agarnizadinho = organizadinho
tejolo = tijolo
alimal = animal
posto = pôster
boliche = beliche
miney = minnie (mickey)
nadação = natação
passeio túblico = o passeio público aqui de Curita
passeio múveu = o MON (museu do olho)

Não dá vontade de corrigi-la, pois é tão inocente e fica tão lindo quando ela fala. Mas um dia cresce e começa a falar "correto", uma pena né?

Começando

"Não sei se é um privilégio meu, mas, tudo aquilo que observo, tudo aquilo que meu olhar consegue capturar, numa fração de segundos, me agrada. Este olhar não é um olhar fixo em determinado objeto, mas é o olhar amplo que observa todos os elementos a volta do objeto (e a minha volta) num mesmo momento. Percebo que todos estes elementos que observo estão dispostos ao acaso, como por exemplo: estou na rua e vejo árvores, muros pixados, placas mal feitas, pessoas transitando, carros parados, casas e prédios, tudo num simples olhar, e todas estas coisas não foram dispostas se pensando na composição visual, elas simplesmente estão ali, quase sempre independentes umas das outras, por acaso. Olhando um dos elementos, ele em si pode não me agradar visualmente, mas toda a composição do ambiente é o que me chama a atenção."

Para não inaugurar este blog em branco... coloco este textinho que fiz a muito tempo atrás... pretendo colocá-lo num lugar fixo de maior destaque.